sábado, 11 de julho de 2009

A preparação do terreno!

Durante o intervalo foram tomadas medidas para preparar o terreno na África do Norte. As críticas sobre a continuação das relações dos Estados Unidos com a França de Vichy se haviam tornado mais agudas pelos continuados carregamentos de víveres para a África do Norte durante o período em que os países do Eixo retiravam todos os produtos das colônias francesas. Nem todas as críticas foram invalidadas pelos acontecimentos ulteriores; mas o fato dos funcionários consulares americanos atuarem como agentes distribuidores permitia-lhes operar nos principais centros e ter amplo contato com a população nativa e européia, A informação que reuniam esclarecia ultimamente a situação local e a possibilidade de encontrar elementos que apoiassem a invasão dentro das próprias colônias. Três semanas antes da data marcada para a invasão, foram tomadas medidas para estabelecer acordos definitivos com esses aliados potenciais. Uma missão americana chefiada pelo general Clark e acompanhada por comandos britânicos desembarcou secretamente na África do Norte e conferenciou com numerosos oficiais franceses, escapando por pouco de ser presa quando um criado árabe, desconfiando daquele grupo de estrangeiros, denunciou à polícia a presença dos mesmos. Foi uma experiência significativa, embora não completamente coroada de êxito, essa de empregar contra o próprio Eixo os seus métodos quinta-colunistas.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Escravidão na África

Escravidão na África: uma antiga forma de exploraçãoA escravidão esteve presente no continente africano muito antes do início do comércio de escravos com europeus na costa atlântica. Desde por volta de 700 d.C. , “prisioneiros capturados nas guerras santas que expandiram o Islã da Arábia pelo norte da África e através da região do Golfo Pérsico” eram vendidos e usados como escravos. Durante os três impérios medievais do norte da África (X - XV), o comércio de escravos foi largamente praticado . A escravidão foi a forma que árabes e europeus encontraram para explorar os povos africanos, que não tinham desenvolvido economias fortes nem tampouco armas que pudessem afastar invasores.Lovejoy apresenta o conceito de modo de produção escravista (de E. Terray) como fundamental para uma compreensão mais completa do funcionamento político, econômico e social da África - e também das colônias portuguesas nas Américas. Segundo sua definição, o modo de produção baseado na escravidão é aquele em que predominam a mão-de-obra escrava em setores essenciais da economia; a condição de escravo no mais baixo nível da hierarquia social; e a consolidação de uma infra-estrutura política e comercial que garanta a manutenção desse tipo de exploração.O modo de produção escravista não era comum na África. O povo africano foi historicamente explorado por esse sistema, implantado em regiões como a Europa e as Américas. Mas quando o tráfico foi extinto pelos europeus, no séc. XIX, para dar espaço a outro tipo de exploração de mão-de-obra, no sistema capitalista, a prática se estabeleceu no continente. Nas Américas, durante todo o período colonial, o modo de produção escravista foi predominante em plantations (grandes fazendas para o cultivo de produtos tropicais para a exportação), na mineração e na coleta de produtos silvestres.